Volta Redonda – No dia 19 de setembro venceria o prazo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela CSN em 2018 em relação à emissão de particulados – o popular ‘pó preto’ – sobre a cidade. Nesta quarta-feira (11), porém, a empresa conseguiu a prorrogação da medida. O DIÁRIO DO VALE apurou que a empresa alega ter cumprido 92% do TAC e só não teria concluído as obras totalmente devido à pandemia de Covid-19. A Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) acolheu nesta segunda-feira (9) os argumentos apresentados pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), de que a empresa precisa de um prazo “não superior a dois anos” para concluir as exigências do termo.
À CECA, o Inea destacou que o “cumprimento rigoroso do TAC” foi confirmado pelo órgão e também por auditores independentes. E informou que as dificuldades em relação à pandemia teriam se concentrado, principalmente, nos filtros das sinterizações. Os filtros chegam a ter mais de 30 metros de altura, com projetos e peças adquiridas sob medida de diferentes países, estados e municípios — inúmeros deles com visitações fechadas e atividades restringidas por cerca de dois anos em virtude da pandemia —, segundo argumentos que teriam sido levados à CECA pela CSN.
O Inea, por sua vez, vistoriou a CSN e disse que os três filtros já estão sendo construídos na Usina Presidente Vargas; o principal deles deve ficar pronto em poucos meses. Em seus argumentos, a CSN teria ressaltado que, enquanto termina as obras dos filtros eletrostáticos, fez um reparo geral nos filtros atuais, trocando as placas e atualizando o equipamento para reduzir as emissões.
Sobre a questão financeira, o Inea disse ter comprovado que a CSN gastou mais de R$ 700 milhões no cumprimento do TAC. O documento exigia R$ 300 milhões. O valor, segundo a siderúrgica, pode superar R% 1 bilhão. O aditamento do TAC inclui tanto a conclusão das ações pendentes quanto o pagamento de multas, que deverão ser em projetos ambientais em Volta Redonda