O Hospital Municipal Dr. Munir Rafful (HMMR), o Hospital do Retiro, promoveu atividade em alusão ao “Setembro Amarelo” – mês dedicado à prevenção ao suicídio e promoção à vida. Cerca de 90 funcionários da unidade assistiram, nesta semana, a palestras sobre o tema com as psicólogas Rogéria Francisquini e Maria Gabriele, duas profissionais ligadas ao Conselho Regional de Psicologia.
O evento, no auditório da FOA (Fundação Oswaldo Aranha), anexo ao Hospital do Retiro, foi promovido pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP), coordenado pela enfermeira Elaine Veiga, ligado à Gerência de Enfermagem da unidade. O público-alvo era formado por enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais que atuam no hospital.
De acordo com a gerente de Enfermagem do HMMR, Arielly Villarinho, o suicídio é uma realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. “De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são registrados mais de 700 mil suicídios, por ano, em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de um milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia”, falou.
Ela acrescentou que, embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. “Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados a doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente”, disse Arielly.
“Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade. Por isso, é importante tratar o lema da campanha em 2024, ‘Se precisar, peça ajuda!’, dentro da unidade hospitalar, entre os profissionais que estão na ponta, em contato direto com os pacientes”, reforçou a gerente de enfermagem do Hospital do Retiro.