A Polícia Federal prendeu em flagrante, na tarde desta quarta-feira (17), um cidadão sírio suspeito de utilizar documento falso durante atendimento para regularização de residência no Brasil, em Volta Redonda, no Sul Fluminense. A ocorrência foi registrada no posto de emissão de passaportes instalado em um shopping no bairro São Geraldo. Este é o terceiro caso do tipo registrado na cidade apenas nesta semana.
De acordo com a Polícia Federal, o estrangeiro compareceu à unidade acompanhado da esposa, também síria, e da filha, de nacionalidade brasileira. O objetivo era solicitar autorização de residência no país com base no critério de reunião familiar. Para atender às exigências do procedimento, ele apresentou um comprovante de residência, no caso, uma fatura de telefone celular supostamente emitida por uma operadora de telefonia.
Durante a análise da documentação, policiais federais identificaram indícios de falsificação no comprovante apresentado. Após verificação, foi constatado que não havia qualquer registro da linha telefônica nem do CPF informado no documento, o que reforçou a suspeita de fraude.
A investigação avançou após consulta aos sistemas de controle migratório, quando os agentes identificaram outra inconsistência: a data de emissão da fatura apresentada era anterior à entrada da suposta titular do documento em território brasileiro, o que tornou incompatível a veracidade das informações.
Diante dos fatos, o cidadão sírio foi conduzido à Delegacia da Polícia Federal no bairro Aterrado, onde prestou depoimento com o auxílio de um intérprete. Segundo a PF, o investigado apresentou versões contraditórias sobre sua residência em Volta Redonda.
O estrangeiro foi indiciado pelo crime de uso de documento falso, infração para a qual não é permitida a concessão de fiança.
Ainda conforme a Polícia Federal, na última segunda-feira (17), um cidadão boliviano e uma cidadã peruana também foram presos em Volta Redonda pelo mesmo tipo de crime, evidenciando o aumento de ocorrências relacionadas ao uso de documentos falsos durante processos migratórios na cidade.