Operação mira quadrilha investigada por extorsão contra dono de pousada

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Agentes da Delegacia de Antissequestro (DAS) realizam uma operação, nesta terça-feira (10), contra uma quadrilha responsável por crimes de extorsão mediante cárcere privado na Região dos Lagos. Segundo as investigações, no final de julho deste ano, três integrantes do grupo se passaram por hóspedes de uma pousada, em Arraial do Cabo, e mantiveram o proprietário e uma funcionária reféns.

Até o momento, uma mulher foi presa. Denize Ferreira de Oliveira foi encontrada em casa, na Vila Kennedy, Zona Oeste. Investigações apontam que parte do grupo criminoso buscou abrigo em territórios dominados pelo Comando Vermelho (CV).

A ação é realizada no Morro do Adeus, em Bonsucesso, Zona Norte do Rio, e no município de Arraial do Cabo, com apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da 132ª DP (Arraial do Cabo).

Segundo o delegado da DAS, Carlos Eduardo Rangel, o objetivo principal da operação é cumprir quatro mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão.

“As buscas já foram cumpridas. Arrecadamos material probatório suficiente para deflagração da ação penal e ainda estamos aguardando o resultado das equipes que estão em campo para promover a prisão desses integrantes da quadrilha”, explicou.

Os investigados são: Michael Douglas Miranda Farias, conhecido como MK, mentor do crime; Maria Fernanda Ferreira Brandão, a Malvada, responsável pela ação na pousada; Rinaldo Ribeiro Vianna, responsável pelo transporte do grupo; e Denize, titular das contas bancárias.

“A Maria Fernanda é quem fez a reserva na pousada, ela que executou todas as ações, que recebia e fazia a interlocução direta com o MK, o chefe desse grupo. Já Denize é uma das beneficiárias das contas, o que a gente chama de conta de passagem, onde ela usa a conta para receber e depois distribuir os valores arrecadados na operação”, reforçou o delegado

O crime

No dia 23 de julho deste ano, por volta das 12h, o grupo agrediu, ameaçou e amarrou as vítimas em um dos cômodos enquanto exigiu a transferência de R$ 200 mil.

Após várias tentativas frustradas de operações bancárias não autorizadas pelo alto valor, eles fugiram do local.

“Eles foram normalmente para acomodação e logo em seguida retornaram à recepção da pousada para pegar informações sobre passeios turísticos. Nesse momento, renderam o dono da pousada e a sua funcionária, onde os mantiveram em cárcere privado em um dos cômodos que foram reservados. Utilizando de grave ameaça, com arma de fogo e muita violência física, além de tortura, eles tentaram operar transferências bancárias para contas beneficiárias de integrantes da quadrilha”, relatou Rangel.

Após o crime, uma equipe da DAS foi acionada e começou as investigações. Os agentes cruzaram dados de inteligência e identificaram quatro integrantes da organização e o modo de ação da quadrilha. Em seguida, a especializada pediu medidas cautelares e mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra os alvos. Outros dois suspeitos ainda estão sendo investigados.



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