Operação mira núcleo operacional e financeiro do CV – Guia Comercial Sul Fluminense


A “Operação Trunfo Final”, nesta sexta-feira (12), mira o principal núcleo armado, logístico e financeiro do Comando Vermelho (CV), na comunidade Az de Ouro, em Anchieta, Zona Norte. A Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e a 14ª DP (Leblon) cumprem 36 mandados de prisão e 72 de busca e apreensão no bairro e nas cidades de Nilópolis e Mesquita, na Baixada Fluminense. Até o momento, há 12 presos.

O principal alvo dos policiais civis é Rafael Silva Titara, conhecido como “Galo”, apontado como chefe da quadrilha, ainda não localizado. Um dos mandados de prisão foi cumprido dentro do Hospital Municipal Albert Schwetizer, em Realengo, Zona Oeste, onde um criminoso estava internado por conta de um acidente. Ele segue sob custódia na unidade. Outros três alvos da operação já haviam morrido. 

A investigação identificou 36 criminosos, entre eles membros da “Tropa do Cesar”, que porta armas, intimida moradores, organiza ataques e garante o domínio territorial da região. As delegacias mapearam toda a estrutura criminosa que controlava a área e identificou os membros da quadrilha e as funções específicas, como líderes operacionais, gerentes do tráfico, distribuidores de armas e responsáveis pela arrecadação e movimentação financeira.

Ainda de acordo coma as investigações das delegacias, o Comando Vermelho mantinha na comunidade um dos seus principais braços armados. Além disso, as equipes comprovaram que o núcleo financeiro da quadrilha realizava diversas transferências e movimentações financeiras para sustentar o tráfico local, abastecer o arsenal de guerra e financiar as atividades ilícitas. A ação conta com apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC).

“A “Operação Trunfo Final” recebeu esse nome em referência direta ao ás de ouros, carta que simboliza poder, supremacia e domínio, mesma forma que a facção se via dentro da comunidade. A ação reforça a metáfora de que, no tabuleiro do crime, nenhum “ás” é maior que o trunfo, representado pela ação coordenada e estratégica das forças de segurança”, explicou a Polícia Civil.