
Governador se reúne com Gabinete de Crise nesta segunda-feira para avaliar situação e intensificar ações (Fotos: Rafael Wallace)
Estado do Rio – O Governo do Estado anunciou, neste sábado (14), o fechamento de todas as 40 unidades de conservação estaduais, sendo 20 parques que têm visitação pública. A medida visa reforçar o combate a focos de incêndios florestais. Só nos últimos dias, o Estado do Rio de Janeiro registrou maia de 1.000 focos. Somente na última sexta-feira (13), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro teve que combater 345 focos e extinguiu 333. A corporação atendeu mais de 16.500 ocorrências de fogo e vegetação em todo o território fluminense, um aumento de mais de 95% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nesta segunda-feira (16), o governador Cláudio Castro se reunirá com um gabinete de crise, um comitê criado especificamente para agilizar o controle de incêndios florestais. No início da tarde deste sábado, os secretários estaduais de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi; e o de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Tarciso Salles; e o de sobrevoaram áreas atingidas pelas chamas.
– A decisão de fechar os parques visa voltar os esforços para o combate aos incêndios que têm ocorrido nos últimos dias. E garantir a segurança de famílias e demais frequentadores destas áreas. O fechamento dos parques é importante para extinguir e prevenir incêndios nas matas. É importante lembrar que qualquer pessoa que avistar um incêndio deve ligar para o número 193 e informar a corporação – destacou Cláudio Castro.
No Sul Fluminense, quatro Unidades de Conservação foram afetadas
O efetivo de guarda-parques e brigadistas da Secretaria de Estado de Ambiente e Sustentabilidade e do Inea foi aumentado e as medidas de segurança, reforçadas. Além disso, 1.100 bombeiros estão a postos em todo o Estado do Rio para emprego imediato no combate às chamas por terra e ar, com equipamentos de alta tecnologia e três aeronaves.
Os focos de incêndio atingem no momento as seguintes unidades estaduais de conservação: Parque Estadual da Serra da Concórdia, Monumento Natural da Serra da Beleza, Monumento Natural da Serra da Maria Comprida, Parque Estadual da Pedra Branca, Parque Estadual dos Três Picos, Parque Estadual do Cunhambebe, Parque Estadual do Desengano, Parque Estadual da Serra da Tiririca, Área de Proteção Ambiental do Rio Guandu, Área de Proteção Ambiental Alto Iguaçu, Refúgio da Vida Silvestre do Médio Paraíba, Área de Proteção Ambiental de Massambaba, Área de Proteção Ambiental da Serra dos Mascates, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Macacu e Parque Estadual da Pedra Selada.
Os bombeiros vêm atuando por terra e pelo ar, com equipamentos de alta tecnologia, como materiais específicos para o combate às ocorrências de fogo em vegetação, drones com câmera térmica para monitoramento das áreas afetadas, além de aeronaves com capacidade para transporte de até 1.200 litros de água para ataque direto aos focos em locais de difícil acesso. O Corpo de Bombeiros acompanha os pontos considerados mais críticos, como a Serra da Beleza, em Valença, onde o combate às chamas já dura alguns dias.
O coronel Tarciso Salles ressaltou a importância do combate por terra e por ar.
– As nossas aeronaves são ferramentas muito importantes, porque muitos focos de incêndio estão no topo das montanhas, em locais de difícil acesso. Então, fazemos o combate terrestre e também aéreo com a utilização de helicópteros e também dos nossos drones, que fazem o monitoramento – frisou.
O secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, reforçou o empenho do Governo do Estado em reprimir os crimes ambientais.
– Estamos com uma parceria muito grande com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Pedimos que as pessoas denunciem, porque, infelizmente, tem muita gente que aproveita os momentos de seca para fazer queimadas”, afirmou o secretário.