Apontado como chefe do tráfico de drogas no Morro do Castro, em Niterói, na Região Metropolitana, Lucas Lopes da Silva, conhecido como Naíba, morreu após ser baleado durante confronto com policiais militares nesta sexta-feira (11). De acordo com a direção do Hospital Estadual Azevedo Lima, no mesmo município, ele chegou à unidade já sem vida. Um comparsa, que também foi ferido e encaminhado à mesma emergência, está em estado grave.
Segundo a PM, equipes do 12ºBPM (Niterói) estiveram no Morro do Castro após levantamento de dados de inteligência e trocas de informações com a 78ªDP (Fonseca) sobre o esconderijo de Naíba, que é acusado de ser o mandante doassassinato de Filipe Rodrigues, Rayssa Santos e o filho do casal de 7 meses, atacados a tiros no Baldeador, também em Niterói, em março de 2024. Uma quadrilha especializada em roubo e clonagem de veículos que vem agindo na cidade também era alvo.
Ao chegar ao local, os agentes foram atacados a tiros e houve confronto. Na ação, alguns dos bandidos fugiram pela mata, em direção à parte alta do morro, mas o chefe do tráfico e um comparsa foram baleados. Após a troca de tiros, conforme comunicou a PM, pessoas atearam fogo em objetos para interromper o trânsito na Rua Dr. March, mas as equipes as dispersaram. A ocorrência segue em andamento.
Contra Naíba, constava um mandado de prisão em aberto. Ele tinha ainda três anotações por tráfico de drogas, duas por roubo e mais duas por homicídio.
Ao todo, foram apreendidos um fuzil calibre 762, cinco granadas, um drone, um carregador de fuzil, uma bola de cocaína e um tablete de maconha.
Relembre o caso
Filipe, Rayssa e o filho deles foram mortos a tiros na Estrada Bento Pestana, no Baldeador, em Niterói. Eles estavam em um carro alugado, parado em um ponto de ônibus, quando foram emparelhados por um veículo de cor preta. Os jovens morreram no local. O bebê chegou a ser socorrido, passou por cirurgia, mas não resistiu.
No mesmo mês, um o suspeito de envolvimento no crime, identificado como Wesley Pires da Silva Sodré, foi preso.
A polícia apurou que no dia 15 de março, Filipe armou uma emboscada para capturar o suposto informante e Wesley teria participado da ação. Segundo as investigações, Filipe entregou dados e o endereço do infiltrado e recebeu R$ 11 mil, em duas parcelas.
Dias depois, Filipe seguiu cobrando os R$ 39 mil restantes do acordo que tinha feito com os traficantes. No entanto, o chefe da comunidade, o Naíba, descobriu que ele era motorista de aplicativo e não PM. Com medo de comprometer os negócios da organização criminosa, ele mandou matar Filipe.